Comentei no primeiro post que iria explicar a 'excelente' estratégia de marketing para dar nome ao blog, então vamos lá.
Já pratiquei alguns esportes e definitivamente o futebol e o surf são os únicos que nunca saíram do radar, a última tentativa foi com o Tênis, achei o esporte muito bom porém é extremamente difícil achar um pessoal gente boa para praticar, então aos poucos fui desistindo como muitos outros.
O futebol desde sempre esteve presente na minha rotina e tenho muitos amigos que praticam este esporte regularmente então sempre que tenho agenda livre dou um jeito de arrumar uma pelada para jogar. O digno esporte bretão apesar de ser o number one da minha vida de atleta não foi nem cogitado para servir de inspiração para o blog.
O Surf!
O Surf!
Desde a adolescência sou fascinado por esse esporte, sempre achei a vida dos surfistas fantástica, ficar viajando, conhecendo o mundo inteiro e ainda por cima fazendo o que gosta. Na escola quando comprei minha primeira prancha e comecei a propagar que era surfista a moral com a mulherada também aumentou esse foi o 'quick win' com esse novo esporte, algo que nenhum outro proporcionou.
A primeira prancha.
A primeira prancha.
A minha primeira prancha foi um negócio da China, me lembro de ir até o Jardim São Paulo na zona norte de São Paulo, na casa de um cara que vendia pranchas usadas e pedir para ver a prancha mais barata que ele tinha. Ele me apresentou um toco amarelado, acho que paguei uns R$ 200 reais.
A volta para casa deu um puta trabalho, tive que enrolar o bico e as quilhas da prancha em jornal para pegar o metro lotado, depois que a segurança do metro me proibiu de entrar.
O pior foi quando precisei pegar o ônibus, o coletivo balançando e eu todo desajeitado com aquela prancha velha e amarelada. Trombava com os pobres trabalhadores, que após enfrentar um dia árduo de trabalho ainda se deparam com um louco, no horário de pico carregando uma prancha de surf dentro do ônibus. A compra da primeira prancha foi minha primeira trip cheia de desafios.
As primeiras Trips
Já com o equipamento necessário em mãos desci a primeira vez para praia, me lembro de toda a dificuldade, primeiro um ônibus, depois um trem para Mogi das Cruzes e depois mais um ônibus até Bertioga era uma batalha homérica chegar na praia, saia bem cedo e voltava no mesmo dia para São Paulo.
Como descia uma vez por mês para a praia, demorei uns 4 meses para começar a curtir aquela sensação poderosa de ficar em pé, vendo tudo por cima, mesmo que na espuma da onda.
Com o tempo consegui melhorar o equipamento, uma prancha melhor e mais adequada para meu tamanho e peso, um dos camaradas conseguiu comprar um carro o que facilitou muito o caminho até a praia.
A primeira onda surfada de verdade!
Com a prática todos aprimoraram a qualidade do surf, a minha primeira onda que corri a parede está viva na memória, foi na Riviera de São Lourenço um dia nublado, lembro os movimentos exatos.
Era a última onda da série, então todos os camaradas já estavam no inside para assistir de camarote meu grande feito, remei forte e dropei reto, já tinha analisado antes da remada que a onda quebraria para a direita, fiz a cavada e joguei a prancha na parede, me encolhi com os joelhos bem próximos (sempre tentei imitar o Fabio Gouveia) ai estiquei o braço direito até onda para alisar a parede com a mão e curti aqueles 3 segundos divinos, isso mesmo 3 segundos eternos e maravilhosos. Esses 3 segundos valeram todo o investimento e as dificuldades enfrentadas para começar a praticar o esporte.
Essa conexão com o mar é uma excelente válvula de escape para todo o stress da vida, e esse é o grande motivo de nunca ter abandonado o surf, quando tenho uma semana de merda no serviço, problemas na família um bom dia de surf resolve tudo e renova as energias para voltar com gás total para a rotina.
Enfim essa minha admiração pelo surf motivou o nome do blog, apesar do nome não ter muito contexto com o meio do caminho que é acumular patrimônio, ele tem tudo a ver com a expectativa de fim para essa jornada.
Pretendo fazer um post sobre surfistas acima do peso e o preconceito, meu ídolo é Jimbo Pellegrine (o cara da imagem no post) e fecho o post com uma excelente frase dele:
"O mundo tá cheio de babacas. O que vou fazer se tem gente que prefere odiar? E, de qualquer jeito, eu surfo melhor do que a maioria deles"
A volta para casa deu um puta trabalho, tive que enrolar o bico e as quilhas da prancha em jornal para pegar o metro lotado, depois que a segurança do metro me proibiu de entrar.
O pior foi quando precisei pegar o ônibus, o coletivo balançando e eu todo desajeitado com aquela prancha velha e amarelada. Trombava com os pobres trabalhadores, que após enfrentar um dia árduo de trabalho ainda se deparam com um louco, no horário de pico carregando uma prancha de surf dentro do ônibus. A compra da primeira prancha foi minha primeira trip cheia de desafios.
As primeiras Trips
Já com o equipamento necessário em mãos desci a primeira vez para praia, me lembro de toda a dificuldade, primeiro um ônibus, depois um trem para Mogi das Cruzes e depois mais um ônibus até Bertioga era uma batalha homérica chegar na praia, saia bem cedo e voltava no mesmo dia para São Paulo.
Como descia uma vez por mês para a praia, demorei uns 4 meses para começar a curtir aquela sensação poderosa de ficar em pé, vendo tudo por cima, mesmo que na espuma da onda.
Com o tempo consegui melhorar o equipamento, uma prancha melhor e mais adequada para meu tamanho e peso, um dos camaradas conseguiu comprar um carro o que facilitou muito o caminho até a praia.
A primeira onda surfada de verdade!
Com a prática todos aprimoraram a qualidade do surf, a minha primeira onda que corri a parede está viva na memória, foi na Riviera de São Lourenço um dia nublado, lembro os movimentos exatos.
Era a última onda da série, então todos os camaradas já estavam no inside para assistir de camarote meu grande feito, remei forte e dropei reto, já tinha analisado antes da remada que a onda quebraria para a direita, fiz a cavada e joguei a prancha na parede, me encolhi com os joelhos bem próximos (sempre tentei imitar o Fabio Gouveia) ai estiquei o braço direito até onda para alisar a parede com a mão e curti aqueles 3 segundos divinos, isso mesmo 3 segundos eternos e maravilhosos. Esses 3 segundos valeram todo o investimento e as dificuldades enfrentadas para começar a praticar o esporte.
Essa conexão com o mar é uma excelente válvula de escape para todo o stress da vida, e esse é o grande motivo de nunca ter abandonado o surf, quando tenho uma semana de merda no serviço, problemas na família um bom dia de surf resolve tudo e renova as energias para voltar com gás total para a rotina.
Enfim essa minha admiração pelo surf motivou o nome do blog, apesar do nome não ter muito contexto com o meio do caminho que é acumular patrimônio, ele tem tudo a ver com a expectativa de fim para essa jornada.
Pretendo fazer um post sobre surfistas acima do peso e o preconceito, meu ídolo é Jimbo Pellegrine (o cara da imagem no post) e fecho o post com uma excelente frase dele:
"O mundo tá cheio de babacas. O que vou fazer se tem gente que prefere odiar? E, de qualquer jeito, eu surfo melhor do que a maioria deles"
O início do Surf e a razão para o nome do Blog
Reviewed by Surfista Calhorda
on
11:44 AM
Rating:
Muito legal a história!
ResponderExcluirTem uma música com esse nome também, da banda Os Replicantes.
Já escutei a música e na verdade ela fez parte inspiração sim.
ExcluirLegal que vc gostou da história, já passei várias dificuldades para ir surfar.
Excelente história,continue com o blog e bons investimentos.
ResponderExcluirASS: Fudido do taxi
Obrigado pela visita FT. Daqui a pouco completo 1 ano de investimentos.
ExcluirGostaria de comentar as idas de prancha pelo trem. Essa vontade me fez lembrar de um amigo meu PHD em viver:
ResponderExcluir"uma pessoa motivada cava uma vala com a unha, já uma desmotiva quebra a retroescavadeira" :)
Pessoas com determinação... essas valem a pena seguir!
Excelente. Valeu pelo comentário.
ExcluirMuito bom, parabéns!
ResponderExcluirSeu comentário fez eu reler esse post, apesar da dificuldade latente de redação do autor, ele transmite uma verdade que me faz muito feliz.
ExcluirValeu.
Interessante a história, eu sempre quis aprender a surfar, mas como sou do interior, fica difícil. Algumas vezes que fui em excursão pra praia quando era mais jovem tentei aprender, mas em 5 dias não dá nem pra começar kkkk Esse é um sonho que talvez vou realizar só quando atingir a FIRE, se ainda tiver saúde pra isso. Abraços
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