Patrimônio Financeiro Jan/16 (R$ 90540,14) ou +0,39%


Esse mês mudei um pouco a metodologia de acompanhamento dos resultados mensais da minha evolução patrimonial, como pode ser visto acima as informações tratam apenas do resultado planejado para o ano corrente, apesar dessa mudança eu preservei o baseline do planejamento de longo prazo, com isso agora conto com um acompanhamento das metas anuais e outro acompanhamento das metas de longo prazo.

Tratando agora do assunto central do post, janeiro/16 foi um bom mês, a minha política de provisionamento de despesas me trouxe muita tranquilidade, pois os pagamentos de começo de ano como IPTU, IPVA e seguro do carro não causaram impactos bruscos no orçamento.
Explico melhor o tema do provisionamento pois pode ser útil aos visitantes do blog, todos os meses eu guardo na poupança um valor para as despesas de começo de ano, ou seja faço uma estimativa do custo futuro e mensalmente provisiono 1/12 avos, assim quando chegam as contas do inicio do ano eu já tenho os valores disponíveis para pagamento a vista, mantendo assim meu orçamento linear e previsível.
Essa é uma boa prática utilizada pelas empresas também, pois quanto mais regular forem os resultados melhor e avaliação do mercado, então quando as empresas já possuem expectativas de despesas que irão ser realizadas no futuro elas utilizam essa política de provisionamento, e não é difícil encontrar exemplos dentro das empresas, posso citar 13º salário, férias, causas trabalhistas, impostos e por aí vai.

Vamos ao fechamento mensal.

Aporte
Meu aporte foi novamente muito bom cheguei a R$ 7.400,00 e ele foi responsável por não ter uma retração do meu patrimônio neste mês. Esse ano quero seguir mais os valores planejados, pretendo que os próximos aportes não ultrapassem 25% do valor planejado, ou seja nos meses que a meta for de R$ 4k, o aporte precisa ficar entre 3k e 5k. Abri uma exceção para esse mês de janeiro, pois fiz um esforço adicional para não perder a casa dos 90k de patrimônio e isso não irá se repetir nos próximos meses.

Patrimônio
Fiquei atrás da meta de patrimônio para esse mês que era de R$ 93,9k, o ano começou difícil novamente e devo ficar feliz de não ter perdido a casa dos R$ 90k.
Está sendo bem difícil chegar na marca de R$ 100k de patrimônio, espero conseguir chegar neste patamar em março/16.
Este quesito tem um bela alteração na metodologia de acompanhamento, pois o planejado parte do resultado de patrimônio apresentado no fechamento do ano anterior, eu não estou trazendo mais o débito dos anos anteriores para o acompanhamento anual e o mesmo vai acontecer com a rentabilidade.

Rentabilidade
Esse item é sofrível, nunca consegui cumprir o planejamento e já estou começando o ano com um déficit tremendo de -7,22%, para o planejamento do próximo ano vou considerar uma rentabilidade negativa para o primeiro mês do ano.

Para fechar a conta segue a planilha de acompanhamento do ADP.

Patrimônio Financeiro Jan/16 (R$ 90540,14) ou +0,39% Patrimônio Financeiro Jan/16 (R$ 90540,14) ou +0,39% Reviewed by Surfista Calhorda on 10:37 AM Rating: 5

24 comentários:

  1. Karak surfista que kacetada na rentabilidade.
    Tu não pensa em diminuir este desvio padrão com mais renda fixa?
    Como dito anteriormente operar commodities sempre se revelou complicado, alguns dos tópicos atrás cheguei a comentar da Vale a dependência com a China.
    A respirada que a bolsa deu no ultimo pregão foi mais um VOO de galinha ainda não existe embasamento fundamentalista para uma disparada das ações.
    Qual sua estratégia para reduzir uma pouco do beta da sua carteira?


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    1. Discordo em partes.
      Há papéis em relação aos quais não há embasamento fundamentalista para estarem tão depreciados. Exemplo: Cemig e Banco do Brasil.
      O que há de tão errado na Cemig que justifique o fato da cotação chegar a R$4,18? De fato os dividendos em 2015 foram irrisórios em comparação aos outros anos, mas, ainda assim, com essa cotação ridicula, o yeld beirou os 14%! E repito, não há indicadores fundamentalistas que justifiquem essa queda tão abrupta.
      Banco do Brasil, a despeito do governo, segue tendo lucros gigantes - enquanto a população que vive de crédito lamenta pelas recordes de lucros dos bancos, nós, investidores e poupadores, temos que sorrir.
      De todo modo, concordo que o surfista devia direcionar algum recurso pra renda fixa.

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    2. Anon
      Um dos fatores muito negligenciados pela analise fundamentalista pura seria nosso setor " macroeconômico".
      Múltiplos estão sendo projetados pelos resultados passados, empresas em território nacional estão sujeitas ao impactos da crise institucional macroeconomia de nosso brazil varonil.
      Portanto nossa bolsa anda barata porque existe uma perspectiva de lucros futuros encolhendo nos próximos trimestres.
      Isso não quer dizer que temos que abrir mão de comprar, porem temos de tomar cuidado reduzindo volatilidade das carteira. Nossa crise se revela com proporções estruturais, de tal modo que nada adiantaria fica expostos em demasia na renda variável se nosso psicológico falhar num momento desespero, quem sabe a bolsa fique longo períodos dando voo de galinhas.
      Já estamos há 6 anos entre VOO de galinha pelos fatores macroeconômicos citados anteriormente.
      Cemig , Blass 3 para quem aceita ter governo como sócio é uma boa pedida em qualquer carteira de dividendos.
      Só tem que aceitar oscilações nestas ações sempre será afetada pelo fator governo, tende-se a exigir margem de segurança em relação ao seu pares.
      Governo intervindo nos negócios da empresa.
      Na outra ponta commodities se revela um setor perigoso oscilando muito em função do preço da matéria prima no mercado internacional afetando negativamente rentabilidade carteiras em longo períodos de declínio no preços de insumos.
      Pode perceber que todo blogosfera ignorou fatores macroeconômicos em suas analises se concentrando puramente nos múltiplos e balanços.
      Ao meu ver seria um maneira incompleta de analisar lucros de uma empresas, nem a melhor empresa do mundo resiste a regulamentações, mudanças de regras tributarias constantes etc como acontece no Brasil.
      O que era bom hoje amanha se torna lixo em questão de meses, portanto ter renda fixa no Brasil em pelo menos 30% da carteira é uma questão de segurança.
      Diria que com carteiras mais extensas e robusta hedge cambial ou aplicações no exterior com toda certeza.












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    3. Concordo em ter 30% em renda fixa (até mais), mas pra mim é fato irretocável que a hora de comprar é agora. Enquanto as empresas estavam caras, no topo histórico (favor não confundir com análise técnica), recomendava-se compra. Agora, com cotações ao nível de 2006 (caso da Cemig), recomenda-se venda? Quantas vezes o pessoal da blogoesfera de finanças se lamentaram por não estarem na bolsa na crise de 2008 e encherem o carrinho? tá aí o motivo! Falar é fácil, mas quando o cabra abre o homebroker e vê tudo vermelho treme nas bases e sai vendendo fundo pra comprar RF - e quando a RV tá no topo vende RF e compra RV. Em fim, entendo seus argumentos e concordo com a maior parte deles, mas continuo batendo na tecla de que a hora de comprar é agora. Eu estou sim ciente do risco Brasil, e ando me precavendo (meus aportes novos estão 60/40 em favor da RF), mas sou veementemente contra vender ações e aportar na RF.
      Pra finalizar, reconheço que fatores macroeconômicos devem ser considerados, mas, num horizonte de 10 anos pra mais (meu caso e o do surfista), não há necessidade de se aderir à histeria coletiva. O fato é que a bolsa brasileira é extremamente irracional, tanto pra alta quanto pra baixa, e é dessa histeria coletiva que o verdadeiro holder lucra.

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    4. O comentário está cheio de erros de português,mas...foda-se (estamos na internet)

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    5. Anon to comprado 68% na renda variável, também venho usando da mesma estratégia habitual de operar sobre ciclos&múltiplos.
      O ponto defendido por você tem se revelado uma máxima a ser quebrado nos fóruns da internet "comprar no topo vender no fundo."
      Existe um campo da psique humana abordado pela finanças comportamentais, ao se deparar com quedas no valor nominal nossa menta sabota todo projeto traçado inicialmente.
      Principalmente quando vê uma renda fixa poupada pagando razoavelmente bem, temos bastante exemplos espalhados na blogosfera.
      Observe que no caso do surfista para ele empatar com CDI do período vai precisar ter 60% de alta quanto maior for período de baixa mais difícil será para bater CDI.
      Por isso manter uma reserva de emergência se revela extremamente importante para não sucumbir no momento de baixa realizando prejuízo.
      Nossa mente tem um péssimo habito para sabotar planos iniciais, exemplo um investidor que investe na poupança passivamente ganhando de um investidor adapto do buy holder faz qual endividou rever seus conceitos.
      O tal da grama do vizinho é sempre mais verde!
      Estou para conhecer alguém que ficou 100% na renda variável nos últimos 6 anos de bolsa seguindo índice de mercado sem ficar abalado.
      Como sei de nossa incapacidade mantenho uma proporção de 30% na renda fixa, em caso de piora substancial da carteira vou redirecionando lucro dos dividendo aporte para renda fixa reduzindo assim desvio padrão da carteira.
      Exemplo: se minha carteira ficar abaixo de 15% a.a direciono novos aportes dividendo para renda fixa.
      Uma maneira de evitar desvio padrão da carteira e pegar faca caindo por um logo período.
      Por hora estou comprando ações&FII, só compro se bater no preço certo de acordo com meus critérios de precificação.

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    6. Sou o anon dos comentários anteriores.
      Bom, só me resta aplaudir este ultimo comentário! rs.

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    7. Mestre e anom gostei muito da discussão e realmente como o MD falou a racionalidade em situações adversas pode nos abandonar na tomada de decisões, aí fazemos operações equivocadas. MD eu realmente errei quando coloquei muita grana na Vale e não segui meu plano de alocação, o resultado é a minha atual rentabilidade, mas mesmo assim pretendo manter apenas 10% da carteira em RF, vou continuar com 90% alocado em RV e vou desafiar meus demônios para manter a rota planejada de aportes mensais faça chuva ou faça sol. Em nenhum momento eu ignoro o risco de que um abalo emocional possa me prejudicar, mas tenho um excelente plano de ação para mitigar esse risco emocional.
      Adicionalmente ao plano para mitigar esse risco emocional, meu horizonte de longo prazo é de 25 anos, e tenho absoluta convicção que tudo pode dar errado, mas como já comentei outras vezes eu mantenho uma quantidade de títulos de renda fixa que em 2035, utilizando uma taxa média de inflação de 5%, vão chegar ao meu atual patrimônio, ou seja hoje com marcação a mercado meu títulos representam apenas 12% da carteira, mas a projeção de recebimento em 2035 está superior a 90k, portanto quando minha carteira chegar aos 200k, pretendo possuir títulos de longo prazo que no vencimento me retornem 200k.
      É difícil digitar do celular!!!

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    8. SC, excelente aporte ... Mas, se seu plano é tão longínquo (25 anos), para que tanta preocupação e controle?

      Talvez eu seja o que tem menor controle, não uso as famosas planilhas do ADP (ainda), justamente para evitar o efeito descrito pelo MD, de ver os valores caindo e mudar o plano (quase fiz isto quando vi a cotação do BRCR sem querer).

      Não preocupo tanto, coloquei um valor que "posso perder todo" sem ficar apertado, então é deixar o tempo fazer o seu papel.

      Felizmente comprei só FIIs e estou redirecionando os alugueis para meus empreendimentos e gastos mensais, o que mudou pra mim foi a parada no reinvestimento.

      Abraço

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    9. BVC os controles são um passa tempo, é uma terapia, assim como o meu controle de orçamento. Mas penso igual você, o dinheiro que esou aplicando é algo que posso suportar uma perda total.

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  2. Minha rentabilidade foi de -6,93% este mês, pertinho da sua, rs.
    Parabéns pelo aporte!

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  3. Surfista, acho o seu dashboard o melhor da blogosfera. Tem problema eu utilizar a sua planilha e dashboard para divulgar meus resultados?

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  4. Bem bacana mesmo os números, todos organizados ... não sei o que tem comprado aí mas está sofrido hein .. esse ano aparentemente não promete muito ... segura ai elenaosurfanada...

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    1. O contraste está do.meu lado esse ano, estou com uma expectativa tão ruim para minha rentabilidade que já estou achando que vou terminar o ano feliz com uns -10%

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  5. tem que ter muito sangue frio para manter! as vezes a emoção ganha da razão! imagino que quando começar a subir, não volta mais!

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    1. Todd estou tranquilão, antes de me organizar para começar a poupar eu estava em dúvida se poupava ou se comprava um carro na casa dos 90k, se eu tivesse comprado o carro ia precisar financiar 50%, então se colocar a grana para os juros do financiamento, mais impostos, seguro do carro e depreciação eu teria perdido muito mais de 30% em dois anos. De verdade isso me conforta e me tranquiliza para manter firme a caminhada.

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  6. Janeiro é sempre de queda, não tem jeito.

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    1. O povo vende os ativos para pagar as obrigações de começo de ano.

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  7. Rapaz, com perda de 2% já tenho pesadelos, não sei como aguenta...hehehe

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  8. Muito bem feita sua planilha, parabéns.

    Janeiro não teve como mesmo, mas fevereiro está bom até o momento.

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    1. pois é, acho que Fevereiro já foi também... Valeu pelo comentário!

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“Em tempos de embustes universais, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.”
George Orwell

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